sábado, 12 de novembro de 2011

Pelo amor de Deus, se for insegurança, Tira do Meu coração!


O poder da validação

Insegurança psicológica é o problema humano número 1.

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor.
Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro.
Paulo Autran tremia nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes.
Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo.
Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os comentários que chegam.

Insegurança psicológica é o problema humano número 1.

O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva.
Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro.

Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos.
Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente.
Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema.
Ninguém pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém.
Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".
Validaré o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é".

Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validaçãoque só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros.

Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles.
Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser.
Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem.
Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.

Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Artigo publicado na Revista Veja, edição 1705, ano 34, nº 24, 20 de junho de 2001, pág.22

Stephen Kanitz
http://blog.kanitz.com.br

sábado, 15 de outubro de 2011

Luxúria...


Como disse São Pedro: "não fomos resgatados a preço de bens perecíveis, prata e ouro, mas 'pelo precioso sangue de Cristo'" (1Pe 1,18), para pertencermos a Deus, no corpo de Cristo.
É importante notar que São Paulo ensina que devemos dar glória a Deus com o nosso corpo. Ele diz: “O corpo, porém, não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o Corpo: Deus que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder”. (1Cor 6,13).

“Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (1Cor 6,20).

Nosso corpo está destinado a ressuscitar no último dia, glorioso como o corpo de Cristo ressuscitado. São Paulo diz aos filipenses sobre isto:
“Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso...” (Fil 3,20)
Nosso corpo glorificado dará glória a Deus para sempre, assim como os corpos de Jesus e Maria já estão no céu.
Isto explica a importância do nosso corpo, que levava Paulo a dizer aos coríntios: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá, porque o Seu templo é sagrado - e isto sois vós” (1Cor 3,16-17).

Quantas pessoas destruíram a si mesmas, porque destruíram os seus próprios corpos! O desrespeito ao corpo, seja pela impureza, pelos vícios ou imprudências compromete a integridade e a dignidade da pessoa toda que é templo de Deus.
Jesus foi intransigente com o pecado da impureza. No Sermão da Montanha, marco dos seus ensinamentos, Ele disse: “Todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração” (Mt 5,27-28). Jesus quer assim destruir a impureza na sua raiz, isto é, no coração dos nossos pensamentos. “Porque é do coração que provém os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias” (Mt 15,19).

Para viver a pureza há, então, que estarmos em alerta o tempo todo, como recomendou o Senhor: “vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41).

Todos nós já pudemos comprovar como é fraca a nossa carne, a nossa natureza humana, enfraquecida pelo pecado original. Portanto, não nos resta outra alternativa para prevenir a queda, senão, vigiar e orar.
Nunca, como em nossos dias, foi tão grande o pecado de impureza. De forma acintosa, ele aparece nas músicas, nas TVs, nas revistas, jornais, filmes, cinemas, teatros etc. Estamos sendo invadidos por um verdadeiro mar de lama que traz a imoralidade para dentro dos nossos lares, sem respeitar nem mesmo crianças e velhos.
A exploração comercial do sexo atingiu níveis assustadores, colocando o ser humano, especialmente a mulher, no mais baixo nível de dignidade.
Será que Deus pode ficar indiferente a uma situação desta? Será que a própria natureza humana pode deixar de reagir contra tanta bestialidade que hoje se pratica sob as câmeras de TVs? É difícil dizer não.

O ato sexual é a “liturgia” do amor conjugal, sua maior manifestação. No ápice da sua celebração, o filho é gerado como a verdadeira encarnação do amor dos pais; e por isso, a Igreja não aceita que o filho seja gerado sem a participação dos próprios pais, num ato sexual. Sem amor e compromisso, o sexo torna-se vazio, perigoso e banal. São Paulo ensinava aos coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1Cor 7,4).

Note que o apóstolo fala em “mulher e marido”, não em namorados, noivos ou amigados. O Catecismo diz que: “Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação, eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus”. (§ 2350).

A união dos corpos só tem sentido quando existe a união prévia dos corações e das almas, de maneira sólida e permanente, como se dá no casamento. O Catecismo da Igreja nos ensina que a vida sexual é legítima e adequada aos esposos: “Os atos com os quais os cônjuges se unem, íntima e castamente, são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (CIC,2362; GS,49).

São terríveis as consequências da vida sexual antes ou fora do casamento: adolescentes grávidas, sem o mínimo preparo para serem mães; pais solteiros, filhos abandonados e “órfãos de pais vivos”, abortos, adultérios, destruição familiar, doenças venéreas, AIDS etc.
O sexo é belo, mas fora do plano de Deus é um desastre, explode como uma bomba atômica.

Luxúria...


Quando eu cometo um pecado de impureza, não sujo apenas a mim mesmo, mas também o Corpo de Cristo, do qual sou membro. É neste sentido que São Paulo alertava os fiéis de Corinto sobre a gravidade desse pecado: “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1Cor 6,15). Note que o apóstolo enfatiza os “corpos”, isto é, a realidade do corpo místico de Cristo não é apenas espiritual, mas também corporal. Sem os nossos corpos não haveria a impureza.

"Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? Ou não sabeis que o que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela?" (1Cor 6,16). Está escrito: "Os dois serão uma só carne" (Gen 2,24).

Vemos que para o apóstolo entregar-se à prostituição é o mesmo que prostituir o corpo de Cristo. Esta é uma realidade religiosa da qual ainda não tomamos ciência plena, ou seja, toda vez que eu peco o meu pecado atinge todo o corpo de Cristo. Esta é uma das razões pela qual nos confessamos com o ministro da Igreja, para nos reconciliarmos com ela [Igreja], que foi manchada pela nossa falta.
O que levava São Paulo a pedir aos coríntios entre os quais havia este problema: "Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo" (1Cor 6,18).

Fornicação é sexo fora do casamento para não casados.

É preciso entender que nós não apenas “temos” um corpo, mas “somos” um corpo. Nossa identidade está ligada ao nosso corpo; ela é fixada pela nossa foto, impressão digital ou código genético (DNA). Portanto, o pecado da impureza agrava-se à medida que, mais do que nos outros casos, envolve toda a nossa pessoa, corpo e alma. E o apóstolo nos mostra que o Espírito Santo não habita apenas a nossa alma, mas também o nosso corpo; daí a gravidade da sua profanação.

“Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço” (1Cor 6,19).

Parte 2
continua...

Luxuria...

O pecado da impureza (luxúria)
Fornicação é sexo fora do casamento

A gravidade do pecado da impureza, também chamado de luxúria, é que “mancha um membro de Cristo”. “Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um de sua parte, é um dos seus membros” (1Cor 12,27).
"Assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um dos outros" (Rom 12,5).

Deus quis salvar a humanidade em corpo, formando o Corpo de Cristo, de modo a “restaurar todas as coisas em Cristo” (Ef 1,10).



Parte 1
continua...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

sábado, 2 de julho de 2011

Formação

Um escudo para os nossos relacionamentos
O mundo vê a castidade como um tabu

Uma verdadeira amizade em Cristo não é governada pelos instintos nem motivada por interesses, mas é uma escolha mútua, que tem valor por si mesma. Os amigos em Cristo se unem no amor recíproco em favor dos outros. Não são fechados em si mesmos. Toda amizade precisa ser purificada; e algumas coisas podem destruí-la: injúria, calúnia, arrogância (o que impede a correção) e a traição.


Um santo diz que se acontecer de você ser agredido por um amigo, que você deve suportá-lo até que o possa. Assim você vai render honra à velha amizade. A amizade verdadeira, de fato, é eterna. Quem é amigo sempre ama. Devemos nos preocupar com o bom nome do amigo e não revelar jamais os segredos dele; mesmo que ele tenha revelado os nossos.


Hoje, eu gostaria de falar de um assunto diferente, ainda dentro do plano da amizade, que é fundamental para todas as idades. Queria falar de uma amizade, que é um fruto do Espírito Santo. Queria falar – com a Santíssima Virgem como nosso modelo – da amizade à castidade. Pois não podemos pensar num mundo novo sem a castidade. Esse mundo, que está aí, está desmoronando por falta dessa virtude. E um dos sinais é que ele está perdendo o sentido da vida, que é Deus e o amor. E qual é a coroa do amor? A castidade. Aquela pedra de toque que dá potência ao amor e o leva à plenitude.


A castidade é um escudo para os nossos relacionamentos. Mais que um escudo é uma expressão do verdadeiro amor. Ela nutre e potencializa o amor. Quando falta essa virtude [castidade], o amor perde a força em nós e nos tornamos presas fáceis do desamor, da violência e da degradação. A castidade é um segredo que os jovens cristãos têm para a sua vida; no entanto, o mundo de hoje perdeu a beleza dessa virtude nobre. Ela [castidade] é vista como um tabu, moralismo, preceito, obrigação.


Quem é casto ama por inteiro, não se dá por partes. Sabe por que o mundo perdeu o sentido da castidade? Porque perdeu o sentido de quem é Deus e quem é o amor. Portanto, como o mundo não sabe quem é Deus – e Deus é amor – não sabe o que é amor. E como não sabe quem é Deus, também não sabe quem é o homem. Porque só Deus pode revelar quem é verdadeiramente o homem.


O homem não é separado. Contudo, é isso que o mundo faz hoje com ele, ou seja, o separa. Começa a usar o corpo com um princípio utilitarista, como se “nosso corpo” não fosse “nós”, como se pudéssemos separá-lo. Dessa forma, começa-se a pensar: “Eu posso usar meu corpo para me auto-satisfazer egoisticamente (que é o pecado da masturbação, por exemplo, como se isso não ferisse o que somos por inteiro). E posso também usar o corpo dos outros para o meu bel-prazer; posso ficar com quantas meninas eu quiser numa noite (E vice-versa, as meninas também podem ficar com quantos quiserem). Meu corpo é apenas algo que eu uso como uma borracha, um lápis”.


Parece que nós nos enganamos. Cada união íntima de corpos é como um pedaço de você dado ao outro, porque seu corpo está intimamente ligado à sua alma. Em cada relação sexual feita fora do matrimônio, não pense que você está dando e recebendo prazer. Engano. Em cada relação sexual assim você está dando um pedaço de você para sempre àquela pessoa.


A castidade é um grande dom, que faz com que compreendamos a unicidade do nosso ser. Esse abraço, essa boca e esse beijo sou eu. Se eu vivo no pecado, eu me destruo e destruo os outros.


Por isso, meu irmão, o meu e o seu corpo não foram criados para um prazer egoístico, para a sensualidade que fere o nosso ser. A presença da castidade gera felicidade, dignidade, grande capacidade para amar, para se doar – não por pedaços –, mas para se doar por inteiro, como Jesus se deu na cruz. Hoje, vemos um mundo que despreza a beleza da castidade. Por isso, as conseqüências são tão graves.


Por isso, o “ficar” não deixa de ser um tipo, um certo nível de “prostituição”. Nos namoros avançados é valorizada mais a relação física. Sem uma relação profunda de amizade durante o namoro, não vai existir um matrimônio verdadeiro e feliz. E, infelizmente, como não priorizamos essa virtude [a amizade] nesse tempo [namoro], nós temos, por conseqüência disso, matrimônios imaturos, inseguros, muitas vezes, gerados por relações sexuais pré-matrimoniais. E assim vamos vendo os frutos nas nossas casas, nas nossas famílias... Vamos vendo uma sociedade que reivindica a regularização e a aceitação do adultério.


Onde começa essa deformação do mundo? Quando se despreza a castidade. Como podemos ser amigos da humanidade com uma sociedade que despreza a castidade? Como amigos de Deus e como amigos dos homens, nós somos chamados a testemunhar e a proclamar a beleza da castidade. E como é que podemos testemunhá-la e proclamá-la? Em primeiro lugar, com matrimônios castos, abertos para a vida. Precisamos de jovens que se disponham a viver namoros castos. Precisamos pedir essa graça a Deus.


Aos jovens que vivem uma luta desigual em relação à castidade, convido-os a virem ao encontro da Santíssima Virgem Maria, que é toda bela e casta. Ela deu Jesus ao mundo pela sua virgindade. Ela pode fazer você um jovem casto, virgem, puro, dando Jesus ao mundo pelo olhar, pelas mãos, pela Palavra. Se você quiser ser um jovem casto, venha até aqui serenamente, até os pés dela.


"Maria, santa e fiel, ensina-nos a viver como escolhidos".
Moyses Azevedo
Fundador da Comunidade Shalom

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=9321

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Totus tuus!



Totus tuus... Todo teu!